quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Encontro de Farmácia reúne mais de 500 estudantes na Unicamp

A Unicamp sedia até 1º de agosto o 32º Encontro Nacional dos Estudantes de Farmácia (Enef). O encontro, que nesta edição reúne cerca de 500 graduandos da área no Centro de Convenções da Universidade, tem como objetivo agregar estudantes de todo o Brasil, para discutir e elaborar proposições sobre a produção científica, educação farmacêutica, concepção de saúde, políticas e princípios do SUS, realidade brasileira, atenção farmacêutica, patentes, educação em saúde e outras questões importantes aos futuros farmacêuticos.

Este ano, o evento está sob responsabilidade do Centro Acadêmico de Farmácia da Unicamp (Cafarma), mas todas as universidades se envolvem na organização. De acordo com o estudante do quinto ano de farmácia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Lucas Rodrigues, o Enef é uma reorganização do movimento estudantil na área em busca da valorização do currículo acadêmico e do profissional. O Enef, segundo o estudante, é o fórum máximo de decisões e de encaminhamento da luta por uma educação farmacêutica voltada para a produção de conhecimento que atenda a demanda da população.

Dentro do Enef acontece o Congresso Científico Brasileiro de Estudantes de Farmácia (CCBF), no qual os estudantes podem apresentar estudos e pesquisas desenvolvidos na universidade. André Igor Oliveira Prado teve a oportunidade de apresentar um trabalho que diz respeito ao papel do farmacêutico na sociedade, em especial a orientação sobre o uso racional de medicamentos. O estudo intitulado

A relação entre o farmacêutico e a dispensa de medicamentos em caráter excepcional: caso da acne em Teresina” traçou o perfil dos pacientes atendidos por um grupo de cinco farmacêuticos da Secretaria de Saúde do Estado do Piauí aos quais foi prescrita a droga Isotretinoína, indicada para tratamento de acnes. A pesquisa foi realizada com os companheiros de curso Rafael Portela Fontenelle e Jonathas Teixeira Mota como conclusão da disciplina “estágio 3” na Universidade Federal do Piauí (UFPI).

Os estudantes observaram que, ao receber os protocolos encaminhados por hospitais da rede pública ou privada, os farmacêuticos, acompanhados por um médico, analisam o histórico do paciente e questionam a existência ou não de doença que exija o uso do medicamento. “A maioria dos protocolos indicam a existência da patologia, mas a questão da estética ainda é forte na decisão de procurar orientação médica. A maioria dos pacientes é do sexo feminino e tem de 15 a 19 anos de idade. É preciso ver se a questão psicológica não influencia a busca pelo medicamento”, explicou Prado.


Entre as atribuições dos farmacêuticos está a observar se houve preenchimento incorreto do protocolo. Na opinião de Prado, cabe ao farmacêutico passar informações sobre o medicamento e promover o uso racional das drogas prescritas.

Fonte: Portal UNICAMP

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