sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Hábitos da vida moderna são fatores de risco da síndrome metabólica

Síndrome metabólica - "É a associação de pelo menos três fatores de risco cardiovascular: obesidade, hipertensão, diabetes, dislipidemia (aumento anormal da taxa de lipídios no sangue), etc"
Quase todo mundo adora recorrer a algumas facilidades dos tempos modernos para ganhar tempo e simplificar a vida. No entanto, muitas vezes aquilo que parece vantagem pode ter desdobramentos não muito agradáveis com o passar dos anos. Por exemplo, a utilização de escadas rolantes e elevadores, os exageros na exposição à televisão e ao computador, a redução ou a ausência de atividade física e o aumento do consumo de alimentos de alta densidade calórica são importantes fatores de risco da síndrome metabólica.
Trata-se de uma das doenças mais preocupantes dos dias de hoje e tem relação com rotinas prejudiciais à saúde, como o sedentarismo e o tabagismo. Também conhecida como síndrome x, é definida como uma associação de pelo menos três fatores de risco cardiovascular, sejam eles quais forem: obesidade, hipertensão, diabetes, dislipidemia (aumento anormal da taxa de lipídios no sangue), etc.
"O médico deve sempre olhar o paciente de forma generalizada, levando em consideração alterações como obesidade, hipertensão, tabagismo, etc. Clínicos gerais, endocrinologistas e cardiologistas são os que mais recebem esses casos", afirma o cardiologista dr. Nabil Hassan.
Segundo o especialista, muitos portadores só sabem que têm a síndrome quando os riscos já são muito graves.
"Como na maioria das vezes não há sintomas, só se identifica a doença com avaliação de rotina ou se o paciente tiver algum evento cardiovascular. O clínico possui grande importância nesse contexto, já que é responsável pelo primeiro atendimento e pelo devido encaminhamento".
Os médicos, assim como a população, devem ficar atentos ainda aos antecedentes familiares, já que as características para a doença são hereditárias.
O tratamento é feito a partir do controle dos fatores de risco. Portanto, requer, além da medicação, mudanças nos hábitos. Fazer exercícios físicos regularmente e adotar uma dieta mais saudável são medidas essenciais. "Isso é um problema grave por não depender só de remédio. Muitas vezes, o mais difícil é mudar o estilo de vida de alguém", alerta.
Fonte: Vya Estelar

Curriculo dos professores de Farmácia da UFPI

Profº. Lívio Cesar Cunha Nunes - Coorddenado do Curso
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4790071H9

Profª. Mônica F. de La Roca Soares
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=E8440822

Profº. José Lamartine Soares Sobrinho
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=C144302

Profº.Leonardo Ferreira Soares
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4739326Y1

Profº. André Luis M. Carvalho
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4744387H6

Profª. Waleska F. de Albuquerque
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4792543A3

Profº. André de Assis Oliveira
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4796912E6

Matrícula Curricular - para calouros

A matrícula 2009.1 acontece nesta sexta na forma presencial.
A Universidade Federal do Piauí, através da Pró-reitoria de Ensino de Graduação (PREG), informa aos alunos aprovados para o primeiro período no PSIU 2009 que a matrícula curricular será feita nesta sexta (27 de fevereiro), somente na modalidade presencial na coordenação dos cursos em todos os campi da UFPI.
Os calouros do Curso de Farmácia deveram se dirigir a Coordenação do Curso para efetuar a matrícula curricular. A coordenação funcionará de 08:00 às 12:00 e de 14:00 às 16:00, de Fevereiro de 2009.
Depois de efetuarem a matricula curricular, os alunos só deveram retornar a coordenação no dia 4 de Março para o recebimento da confirmação da matricula ( impresso).

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Anemia falciforme uma questão social

Conhecida como a doença genética de maior prevalência no mundo, a anemia falciforme caracteriza-se pela presença de uma hemoglobina variante que sofreu mutação nos povos da África setentrional no período paleolítico (hemoglobina S). Alguns pesquisadores acreditam que tal fato foi marcado pelo grande advento de malária naquela região, provocando mutações no braço curto do cromossoma 11 na cadeia beta da globina, onde a troca de um ácido glutâmico pela valina na posição seis desta molécula protéica dá origem à síntese de hemoglobina S. Anemia não carencial que ocorre em processos hemolíticos e complicações vaso-oclusivas, que podem causar desde infartos, AVC, infecções, podendo levar o indivíduo à morte, quando não diagnosticada precocemente.

O teste do pezinho é uma das armas no diagnóstico precoce desta doença, preconizado pela portaria 822/2000 do Ministério da Saúde e visa ao diagnóstico já nos primeiros dias de vida, evitando-se assim as complicações advindas, no decorrer do tempo. Ressalte-se que a doença não tem cura, apenas as medidas preventivas são capazes de proporcionar melhor qualidade de vida ao doente.

No Brasil, nascem cerca de 3.500 crianças/ano com a doença, ou seja, um para cada 1.000 nascido-vivos, enquanto o traço falciforme – herança genética que não expressa a doença, porém, que pode ser repassada para as gerações - apresenta uma prevalência de cerca de 200.000 crianças/ano.
No Estado do Piauí, realizamos no ano de 2008 estudos que evidenciaram a presença de 4% desta herança genética na população adulta. Em pesquisas, ainda em andamento, temos dados preliminares que apontam para uma elevada taxa de recém-nascidos com a herança falciforme. Estes dados estarão disponíveis no início de 2009.
Reconhecida pelo movimento negro como uma questão de saúdepública que afeta em grande proporção esta população, as entidades já se mobilizam e ações estão em pleno desenvolvimento. A UFPI já possui os eu embrião de estudos em Hemoglobinopatias em cooperação com o Governo do Estado, através da Secretaria de Saúde que vem apoiando, inclusive materialmente, tais iniciativas. Para abrirmos 2009, almejamos o diagnóstico, através do teste do pezinho em todo o Estado, para que possamos, em breve, termos uma vigilância contínua e constante no diagnóstico e medidas que proporcionem qualidade de vida aos doentes.

SAÚDE A TODOS!!
Leonardo Ferreira Soares
Professor da UFPI – Doutorando em
Biotecnologia pela Rede Nordeste de
Biotecnologia – RENORBIO.
mailto:RENORBIO.lefs@ufpi.br

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Investir em pesquisa: solução para crise

Artigo assinado pelo presidente do Grupo Universitário Maurício de Nassau,Janguiê Diniz, publicado na edição de 05/02/09 do Diario de Pernambuco.
Janguiê Diniz // Presidente Grupo Universitário Maurício de Nassau



Barack Obama, Washington, 20 de janeiro de 2009: "Vamos restaurar a ciência a seu lugar de direito e empregar as maravilhas da tecnologia para elevar a qualidade da saúde e reduzir seus custos. Vamos atrelar o sol, os ventos e o solo para proverem combustível para nossos carros e nossas fábricas. E vamos transformar nossas escolas, nossas faculdades e universidades para que façam frente às demandas de uma nova era".

Enquanto no seu discurso de posse o presidente norte-americano destacou a importância dos investimentos em pesquisas cientificas para driblar a crise econômica, o Brasil segue na contramão. O Congresso Nacional aprovou um corte de 18% no orçamento para Ciência e Tecnologia para 2009, o que equivale a uma redução de R$ 1,1 bilhões. Os reflexos poderão ser desastrosos, com a desaceleração da produtividade e consequente estagnação econômica e social. Por falta de investimentos em inovação, na busca de soluções eficazes, nossas empresas, sobretudo no setor industrial, perdem competitividade no mercado globalizado.

Outros fatos confirmam a descaso do país na área de pesquisa. O Brasil ficou na dianteira no mais recente relatório divulgado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (Ompi), ocupando a 21ª posição no pedido de patentes internacionais, atrás da China, Índia e Coréia do Sul. Em 2007, o país registrou 118 patentes nos Estados Unidos. Já a Coréia do Sul, o emergente mais bem colocado no ranking, contabilizou 7.264 registros naquele ano.

A USP, maior universidade brasileira, a produção cientifica vem declinando. Segundo o anuário estatístico da instituição, de 2003 a 2007, a média de trabalho por docente caiu 30,4%, enquanto o número de alunos subiu 27,7%. O CNPq, que concede bolsas a pesquisadores doutores de universidades e centros de pesquisas, teve aprovado pelo Congresso uma verba de R$ 45 milhões, 77% menor do que o previsto pelo Ministério de Ciência e Tecnologia. Com a falta de investimento na qualificação docente, a meta do governo federal em ampliar o número de vagas nas universidades poderá ter como consequência a perda de qualidade nestas instituições.

Ao tímido investimento em pesquisa e qualificação de mão-de-obra, soma-se a falta de envolvimento do setor privado, que não absolve nosso contingente de pesquisadores, que acabam migrando para países desenvolvidos. O estado investe cerca de 25 mil dólares per capita na formação acadêmica destes profissionais que servirão a outras nações. De acordo com dados do Centro Latinoamericano de Demografia, cerca de 1,2 milhões de pesquisadores latinos emigraram entre 1961 e 2002.

Sem oportunidades nas empresas, os cientistas que permanecem no Brasil têm sua atuação limitada às universidades, criando uma demanda de investimentos de órgãos públicos para o financiamento das bolsas. Esta dependência financeira em relação ao governo, somado aos baixos salários e à falta de equipamentos e insumos para pesquisa, nos insere numa posição nada competitiva.

Brasil terá duas bulas até o final do ano

Propostas de mudança constam de consulta pública da Anvisa que termina no dia 24; letras e espaços entre parágrafos deverão crescer

Até o final do ano, o Brasil terá duas bulas de medicamentos: uma com linguagem técnica, destinada a médicos, e outra voltada ao paciente, com informações mais didáticas.
A bula do paciente continuará dentro da caixa do remédio, enquanto a outra será eletrônica, disponível no site de Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Os pacientes também poderão acessá-la.
As letras e os espaçamentos entre os parágrafos no texto da bula devem ficar maiores, para facilitar a leitura dos textos. Essas e outras propostas constam de uma consulta pública da Anvisa que termina no dia 24.
Alguns estudos apontam que as bulas dos remédios vendidos no país são incompletas, excessivamente técnicas para o público leigo e superficiais e desatualizadas para os médicos.
Em 2008, o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) avaliou bulas de 19 remédios (antidepressivos, calmantes, anti-inflamatórios, vasodilatadores, antirreumáticos e drogas contra pressão alta e para baixar o colesterol) e constatou vários problemas.
Entre eles, encontrou diferenças significativas entre as informações dos medicamentos de referência e seus genéricos ou similares -embora o efeito devesse ser o mesmo.
O instituto também comparou as bulas nacionais com as americanas. Nos EUA, os anti-inflamatórios destacavam o risco de morte por problemas cardiovasculares. No Brasil, dois anti-inflamatórios (Voltaren e o genérico Diclofenaco Sódico) não traziam esse alerta.
Segundo a gerente-geral de medicamentos da Anvisa, Nur Shuqair, com as novas bulas, esses problemas serão sanados.
"Todos terão a mesma informação técnica, o mesmo modelo de bula. Isso vai ajudar tanto a fiscalização como os profissionais que prescrevem e dispensam medicamentos, que podem se confundir com as diferenças", afirma Shuqair.
Outra queixa de entidades de defesa do consumidor e vigilância em medicamentos é a falta de atualização periódica das bulas. Segundo o médico sanitarista José Ruben de Alcântara Bonfim, coordenador da Sobravime (Sociedade Brasileira de Vigilância de Medicamentos), com o atual formato da bula, nem médicos nem pacientes conseguem ter uma informação completa e atualizada.
"Lá fora há muito mais agilidade em publicar, por exemplo, novos efeitos adversos que não haviam sido previstos", diz Bonfim. Shuqair, da Anvisa, informa que, com o bulário eletrônico, a atualização das informações ganhará agilidade.
Bonfim também defende uma ampla revisão dos termos técnicos da bula, que, na sua avaliação, só dificultam a compreensão. "Quem sabe o que é xerodermia? Não é mais fácil escrever pele seca?", questiona.

Automedicação

Para o Idec, que prepara uma série de sugestões para enviar à consulta pública, os termos técnicos e a falta de informação violam o direito do consumidor a uma informação correta e completa, além de representar um risco à saúde. "A bula é um documento importante. Hoje, com essa total desregulamentação, ela induz o consumidor a erros", diz a advogada Karina Grou, gerente jurídica do Idec.
Segundo ela, é preciso corrigir o descompasso entre as bulas de genéricos e de drogas de marca. "Não há razão para a bula do genérico ter menos informação do que a do medicamento de referência", avalia.
Outro problema diz respeito aos efeitos colaterais. A atual legislação permite que as empresas só informem na bula as reações adversas mais graves. "A proposta é que as reações mais simples constem da bula."
Na avaliação do Idec, há casos ainda em que as bulas incentivam que os pacientes façam uso de remédios sem acompanhamento médico.


Fonte: Portal ABCFARMA

(Artigo 8 publicado v.28 n.1) Obtenção de comprimidos contendo cálcio de conchas de ostras: pré-formulação e liodisponibilidade comparativa

Lívio César Cunha Nunes, Aíla Karla Mota Santana, José Lamartine Soares Sobrinho, Mônica Felts de La Roca, Ednaldo Queiroga de Lima, Pedro José Rolim Neto

Resumo


A osteoporose é uma doença que afeta um número significativo de pessoas no mundo todo, em especial nos países subdesenvolvidos. Nesse contexto, o pó de concha de ostra, que constitui uma fonte de cálcio, aparece como uma oportunidade de utilizar os recursos naturais da região litorânea brasileira, na suplementação alimentar de sua população. O estudo se propôs a aproveitar essa fonte natural de cálcio, incorporando-a na forma farmacêutica comprimido. O estudo foi desenvolvido em duas etapas, a primeira com a otimização da matéria-prima a partir de conchas de ostra, desde o processo de seleção até a transformação da concha de ostra em pó, com caracterização físico-química e pré-formulação desse pó. A segunda etapa foi a obtenção dos comprimidos desde o desenvolvimento até os ensaios de liodisponibilidade comparativa. Os estudos de pré-formulação e o planejamento fatorial dos excipientes (aglutinante, lubrificante e desintegrante) permitiram obter com economia e performance comprimidos com liodisponibilidade semelhante à referência Os-cal®

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