segunda-feira, 24 de maio de 2010

Vergonhoso...


Neste domingo, 22 de Maio, na quadra do espaço MP3 ocorreu mais uma rodada da Farmacopa. Com destaque para a seleção de pernas de pau os Piratas - o pior time de todas as Farmacopas, nem o time dos Renegados, que perderam de 10 x 0 dos Invisíveis, não foi pior que a campanha vergonhosa dos Piratas. A frente dessa máquina de vergonha estar o Organizador da competição Zé Felipe. O cara é um paradoxo - consegui ser ruim e artilheiro - com uma pitada de sorte e contribuição dos goleiros....detalhe empataram com os calouros, não desmerecendo o time novatos, mas todos sabem que os calouros nas competições, dificilmente conseguem evoluir no primeiro campeonato....como pode isso? Não sabemos. Mas, presenciamos um promissor jogador, aliais, organizador de Competições.

Lembrando que o time da FACID considerado como um dos favoritos ao título entrou todo de salto alto, porém caiu do salto perdendo dos Formados. Muito bom...continuem assim. A dúvida é :

E se gostarem do salto?

Assinado: Observatório da Farmacopa

quinta-feira, 20 de maio de 2010

MÁ AVALIAÇÃO NA PRESCRIÇÃO PODE INTERFERIR NO CONSUMO DE REMÉDIOS

"O padrão de uso de medicamentos entre idosas com mais de 60 anos é bastante influenciado pela prescrição médica, e sua qualidade é prejudicada pela baixa seletividade do mercado farmacêutico", foi o que constatou a pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) Suely Rosenfeld, no artigo Avaliação da qualidade do uso de medicamento em idosos, publicado no volume 33 da Revista de Saúde Pública. O estudo visou avaliar a qualidade do uso de medicamentos por meio da análise do padrão do uso, do grau de concordância com a lista de medicamentos essenciais, do valor terapêutico e das interações medicamentosas encontradas entre mulheres idosas.

De acordo com Suely, no trabalho optou-se por estudar o uso de medicamentos entre idosas que participam de atividades realizadas em um centro de convivência de idosos, a Universidade Aberta da Terceira Idade da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Unati/Uerj), com acesso à assistência médica e farmacêutica regular, inscritas nos arquivos da Unati entre 1992 e 1995. "Pretendeu-se avaliar a qualidade do uso de medicamentos nessa população por meio de indicadores capazes de identificar o padrão do uso, quantificar e analisar os medicamentos, as combinações em doses fixas, as redundâncias e as interações medicamentosas consideradas impróprias", apontou a autora.

A pesquisadora explicou que, para a realização do estudo, foram pesquisadas 634 mulheres que frequentavam a Unati. Os dados foram coletados por meio de questionários padronizados e testados. "As variáveis utilizadas foram relativas aos medicamentos e a seu modo de utilização. As unidades de análise foram o medicamento e o indivíduo", destaca. Segundo Suely, diferentes estudos de avaliação do uso de medicamentos constataram que, além da utilização de um grande número de especialidades farmacêuticas entre os idosos, há prevalência do uso de determinados grupos de medicamentos, como: analgésicos, anti-inflamatórios e psicotrópicos.

Para a autora, assim como o número de indivíduos idosos vem aumentando, o consumo de medicamentos por essa população acompanha essa tendência. Os idosos são, possivelmente, o grupo etário mais medicalizado na sociedade, devido ao aumento de prevalência de doenças crônicas com a idade. Suely expõe ainda que "os idosos chegam a constituir 50% dos multiusuários. É comum encontrar em suas prescrições dosagens e indicações inadequadas, interações medicamentosas, associações e redundância (uso de fármacos pertencentes a uma mesma classe terapêutica) e medicamentos sem valor terapêutico". Esses fatores podem gerar reações adversas aos medicamentos, algumas delas graves e fatais, alerta a pesquisadora.

Segundo Suely, o resultado encontrado apontou que das 634 mulheres estudadas, 9,1% não tomam qualquer tipo de medicamento. A média de medicamentos consumidos foi de 4,0 por mulher e, das 2.510 especialidades farmacêuticas citadas no estudo, há 538 princípios ativos diferentes. "Aproximadamente 26% dos medicamentos são concordantes com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), e 17% com as da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais. Aproximadamente 17% dos medicamentos são inadequados para uso. No que diz respeito a redundâncias, 14,1% das mulheres podem sofrer consequências decorrentes desse evento. Quanto às interações medicamentosos, 15,5% das entrevistas estão expostas a principais interações", constatou a pesquisadora.

Importância da prescrição médica na qualidade medicamentosa

O estudou revelou a importância de uma avaliação adequada no momento da prescrição, pois tais associações só tendem a aumentar a incidência de efeitos adversos. A prescrição médica é um dos fatores capazes de interferir na qualidade e na quantidade do consumo de medicamentos; o profissional de saúde responsável pela prescrição deve possuir e usar uma série de informações, como dose, custos, via de administração, efeitos adversos e eficácia, no momento de prescrever. A pesquisadora destacou ainda que "a indústria farmacêutica e seu marketing poderoso são responsáveis pela prescrição e consumo de medicamentos sem eficácia estabelecida e desvinculados da realidade nosológica da população".

De acordo com a autora, conclui-se que como a decisão médica a respeito dos medicamentos envolve, além dos fatores supracitados, as opções de medicamentos existentes no mercado, os organismos responsáveis pela aprovação de novos medicamentos devem assegurar a oferta de produtos seguros e eficazes já no registro. "A utilização de medicamentos genéricos deveria ser levada em conta por qualquer sociedade que desejasse vivenciar uma política racional de uso de medicamentos. A população e os profissionais de saúde devem exigir das autoridades sanitárias medidas concretas, no sentido de impedir, ou ao menos diminuir, a presença no mercado de produtos perigosos para a população", adverte Suely.

Para a pesquisadora, programas específicos de atenção ao idoso, como as universidades da terceira idade, podem ser importantes locais para realização de programas assistenciais, de educação continuada e de pesquisas, e também centros de referência de estudos e formação de recursos humanos. "Atividades educativas, tanto para os profissionais quanto para os alunos, podem ser realizadas buscando-se o aprimoramento do uso de fármacos pelos idosos. Tais informações poderiam ser transmitidas por meio de vídeos, palestras e cursos, com ênfase especial no papel que o farmacêutico pode desempenhar como educador", destacou Suely.

Fonte: Agência Fiocruz

terça-feira, 11 de maio de 2010

Médicos falam sobre o uso da pílula anticoncepcional na adolescência


Método contraceptivo completa 50 anos nesta terça-feira

A pílula anticoncepcional completa 50 anos nesta terça-feira (11). Em 1960, a Food and Drug Administration (FDA), nos Estados Unidos, legalizou a primeira pílula contraceptiva da história e, desde então, muita coisa mudou na vida das mulheres. A criação do hormônio é considerada um dos marcos da revolução feminina.

Com o medicamento, elas passaram a decidir quando querem engravidar, fato que causou um grande choque para a geração conservadora da época. De lá para cá, muita coisa mudou e, atualmente, por causa da antecipação do início da vida sexual, até adolescentes passaram a tomar a pílula.

Segundo especialistas, não há problema em adolescentes usarem o método contraceptivo, pois existem pílulas com baixa dosagem de hormônio que não possuem contra-indicações. A doutora Albertina Duarte, uma das ginecologistas mais badaladas do Brasil e coordenadora do programa de saúde do adolescente da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, comenta sobre o uso da pílula da adolescência.

- Hoje existem pílulas de dosagem [hormonal] muito baixa. Então há pouca contra-indicação médica. Só é aconselhável é que a adolescente espere pelo menos um ano depois da primeira menstruação [para tomá-las], para conhecer o seu ritmo hormonal.

Entretanto, a ginecologista afirma que muitas jovens estão tomando a pílula do dia seguinte ao invés de optar pela tradicional pílula de cartela inteira. Como explica Albertina, a mania não é nada saudável para as garotas.

- Tem muitas meninas que tomam a pílula do dia seguinte três ou quatro vezes ao mês. A dosagem deste método contraceptivo é maior do ue a das pílulas de antigamente e é como se as jovens tomassem meia caixa de pílulas em um dia só. O ideal para o adolescente é a baixa dosagem de hormônio.

A médica ainda ressalta que o importante é “não ter uma gravidez indesejada”.

- Não engravidar é o mais importante. Usar a pílular não deve ser motivo para maiores preocupações.

Desta maneira também pensa o Dr. José Maria Soares Junior, chefe do Ambulatório de Ginecologia da Infância e da Adolescência da Unifesp. Para o médico, “a pior coisa que tem é a gravidez na adolescência”.

- A paciente deixa de estudar, passa por problemas econômicos e muitas vezes não faz o pré-natal [exames feitos durante a gravidez para garantir a saúde do bebê] ou faz muito tarde.

A Dra. Felisbela Soares de Holanda, ginecologista também da Unifesp, também acha que “uma gravidez indesejada na adolescência é um problema maior do que o uso do anticoncepcional”. Entretanto, a médica conta que muitas meninas usam o medicamento sem prescrição médica.

- A grande maioria usa anticoncepcional e não procura um ginecologista. As garotas optam por aquele que a irmã mais velha ou a amiga toma. Mas talvez não seja o hormônio mais apropriado para elas, pois o médico tem que prescrever a melhor escolha. O importante é que tenha baixa dosagem.

Luciana Mello, de 19 anos, toma a pílula anticoncepcional desde os 16. A garota conta que passou a usar o método contraceptivo quando iniciou a sua vida sexual e porque não queria engravidar.

- Eu comecei a tomar por causa das relações sexuais mesmo e acho bom para evitar a gravidez.

A jovem ainda explica que “nem imagina” como seria a sua vida sem o uso do hormônio e afirma que, além de prevenir uma gravidez indesejada, a pílula regula o seu ciclo menstrual.

Fonte:R7

sexta-feira, 7 de maio de 2010

TESTE IDENTIFICA LEPTOSPIROSE EM APENAS 15 MINUTOS




Pesquisadores da unidade baiana da Fundação Os­­waldo Cruz de­­senvolveram um teste rápido para diagnóstico da leptospirose, doença infecciosa provocada pela bactéria leptospira, presente na urina do rato. Com uma gota de sangue do paciente, em 15 minutos os médicos poderão conhecer o resultado e iniciar o tratamento adequado. O exame convencional, recomendado pela Organização Mundial de Saúde, leva 15 dias para ficar pronto.

A ideia para o teste rápido surgiu na epidemia de dengue de 1996, em Salvador. “Todo indivíduo com febre, dor de cabeça, dor muscular – sintomas que podem ser de hepatite, leptospirose ou até mesmo gripe – era tratado para dengue”, lembra um dos coordenadores do projeto, Mitermayer Galvão dos Reis.

Naquele ano, o Hospital Couto Maia recebeu 303 pacientes com quadro grave de leptospirose, quan­­do já há insuficiência renal aguda. Desses, 40% haviam recebido diagnóstico para dengue. O teste rápido foi feito a partir do soro sanguíneo colhido de pacientes com leptospirose. “Usamos técnicas da biologia molecular para identificar componentes da bactéria leptospira que são capazes de produzir anticorpo, o antígeno”, ex­­plica Reis.

Uma gota de sangue do dedo do paciente é depositada no aparelho, que se assemelha aos testes de gravidez. Quando o sangue e o antígeno reagem, sur­­ge a coloração rosa, caso o re­­sultado seja positivo. “O mé­­dico ou seu assistente po­­dem fazer o exame. Isso evita que o paciente volte para casa com diagnóstico errado, que piore e retorne aos hospitais, precisando de hemodiálise”, diz Reis, cujo pai morreu em 1975, sem que os médicos conseguissem diagnosticar se ele sofria de hepatite ou leptospirose.

“Minha motivação é que possamos salvar os pais de ou­­tras pessoas”, afirma Reis. O teste rápido será submetido à Agência Nacional de Vigi­lância Sanitá­ria (Anvisa) em junho. A estimativa é que o Ministério da Saúde possa encomendar os testes à Fio­cruz a partir do fim do ano. O trabalho foi feito em parceria com a Universidade de Cor­nell e da Califórnia.

Fonte: Gazeta do Povo

PRESIDENTE DO CRF-PI COMENTA DECISÃO DO STJ QUE BENEFICIA ABRAFARMA E FEBRAFAR


O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, em caráter liminar, que as redes de farmácias e drogarias do país poderão voltar a vender produtos alheios à saúde. O ministro Ari Parglender deu ganho a um pedido feito pela Abrafarma e pela Febrafar, contrariando uma decisão judicial anterior que dava razão à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O presidente do Conselho Regional de Farmácia do Piauí (CRF-PI), Osvaldo Bonfim, lamentou a decisão. “Entendemos que a proibição de venda desse tipo de produto transforma as farmácias e drogarias em estabelecimentos de saúde”, explica o presidente do CRF-PI.

Na decisão o STJ manteve a regra de colocar os medicamentos sem prescrição atrás do balcão. “Isso é muito bom, porque ajuda no combate à automedicação, costume que é tão prejudicial à saúde da população”, acrescentou Osvaldo Bonfim.

Fonte: CRF-PI