O varejo farmacêutico sempre foi o setor que mais sofreu mudanças nos últimos anos. Desde os problemas com as famosas “pílulas de farinha”, o país tem olhado para o setor com olhares diferentes, na busca de tentar (algumas vezes em vão) resgatar a dignidade e o respeito que o setor merece.
Nos últimos meses a ANVISA conseguiu impor uma restrição nas drogarias de todo o país onde medicamentos isentos de prescrição (MIP´s) deveriam voltar para trás do balcão como era a muitos anos atrás para o controle da comercialização com a devida orientação dos farmacêuticos.
Porém, como esta briga é de “gente grande” e a opressão gerada em cima da indústria farmacêutica não vem de hoje, mais uma vez o braço de ferro foi vencido e a Justiça liberou a venda de produtos para fora do balcão.
Meu objetivo aqui não é defender nenhum lado, mas sim observar que quem mais uma vez acaba perdendo com esta situação é o consumidor que não consegue obter o seu produto com a qualidade e a orientação que é devida, por que existe muita gente que não tem buscado a dignidade e o respeito no atendimento ao cliente, oferecendo produtos sem qualidade e com um atendimento desprezível.
Sem sombra de dúvidas, esta discussão nos levaria a refletirmos nas outras esferas do poder, como educação e saúde, onde o acesso a saúde de qualidade e a formação adequada dos colegas farmacêuticos formariam um sinergismo de ações que facilitariam o atendimento e a adesão aos tratamentos.
E onde ficam também as pequenas lojas, onde o farmacêutico é o dono do estabelecimento e não consegue brigar com as grandes redes e acaba ficando no meio do caminho, tentando achar a “fórmula mágica” (comparações a parte) para sobreviver num mercado tão competitivo.
Creio que deve se observar o varejo farmacêutico da forma como ele merece, com planejamento sério em resgate da profissão – FARMACÊUTICA.
Robson Bracciali
Fonte: Portal Farmacêutico
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