Está sendo desenvolvida por alunos e professores do curso de Farmácia da Universidade Federal do Piauí uma pesquisa que visa tornar mais eficazes os medicamentos então usados no tratamento da hanseníase. No momento, o trabalho está em fase inicial, com um Projeto de Iniciação Cientifica.
O trabalho parte de uma linha de pesquisa que tem por objetivo estudar doenças negligenciadas, pelas quais a indústria farmacêutica não desperta interesse como pelas demais, justamente por afligirem predominantemente a classe baixa. Além da hanseníase, são doenças negligenciadas a Doença de Chagas, Leishmaniose, Tuberculose e Malária.
A pesquisa tem o objetivo de melhorar os medicamentos já existentes, pois o tratamento atualmente utilizado é antigo e muitas vezes inadequado, pois foi inventado em meados da década de 60 e nunca mais foi melhorado.
Inicialmente, a equipe selecionou os princípios ativos que são usualmente utilizados e estão melhorando a sua veiculação, buscando torná-los mais eficazes para o tratamento da hanseníase. Em seguida, a ideia é melhorar a administração dos medicamentos, já que atualmente o tratamento da hanseníase é feito por poliquimioterapia (administração de vários fármacos), no qual o paciente é obrigado a tomar vários medicamentos. Isso torna o tratamento cansativo e pode atrapalhá-lo, pois muitas vezes o paciente acaba esquecendo de tomar um ou outro medicamento.
Deste modo, é necessário transformar esses medicamentos em um só e aprimorar a conservação de seus princípios ativos nas cápsulas de maneira adequada, pois as vezes um medicamento não possui estabilidade e acaba não fazendo o efeito desejado.
“Queria enfatizar a importância dessa pesquisa, não somente o aspecto social e regional, mas também de capacitação de pessoal no âmbito da pesquisa na área de produção e de controle de medicamentos”, exalta José Lamartine, professor do curso de Farmácia da UFPI.
A pesquisa tem duração de três anos e estão diretamente envolvidos na pesquisa o diretor do Núcleo de Tecnologia Farmacêutica e professor José Lamartine, uma equipe de cinco alunos de Iniciação Cientifica e um aluno de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), todos sob a coordenação do referido professor.
Repórter: Leiciane Trindade / Edição: Camila Costa
Fonte: Falando em Saúde/
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