Em 2007, o SUS adotou o uso de fitoterápicos. No mesmo ano, o projeto da faculdade saiu do papel.
“Como farmacêutico, eu faço esse papel de traduzir o conhecimento tradicional e o científico numa linguagem em que as pessoas possam entender e possam se sentir beneficiadas por esse conhecimento”, afirma o coordenador do projeto, Nilton Luz.
Esse conhecimento é dividido uma vez por mês. O que a funcionária pública Magnólia de Oliveira aprende no projeto, ela repassa a quem mais precisa. “Quando você vê que a dificuldade financeira das pessoas é muito grande, se sente muito bem levando esse conhecimento, essa oportunidade de a pessoa adquirir um medicamento que vai funcionar com o custo praticamente zero”, diz.
De piolho a câncer
Os alunos aprendem a usar ervas para combater de piolho a câncer. O trabalho científico derruba mitos. Suco de maracujá, por exemplo, não é calmante. O que acalma é o chá das folhas. Mas cuidado: não é porque um remédio é natural que não existem contra-indicações.
Nem sempre é possível misturar as plantas com medicamentos comuns. Gincobiloba com comprimido de AAS, por exemplo, pode provocar hemorragias. Erva de São Jorge, a verdadeira - que funciona como um antidepressivo natural - pode diminuir o efeito de remédios para hipertensão e até de anticoncepcionais.
Foi no curso, e não na faculdade, que Eliete Moura aprendeu isso. “Tenho o dever de esclarecer para a população que eles têm efeitos colaterais, sim”, ressalta. Uma dica importante é não usar mais de três ervas ao mesmo tempo, pois o risco de intoxicação é maior. As receitas são as mais variadas. No entanto, os pesquisadores alertam: crianças menores de três anos não devem tomar nenhum chá.
Fonte :G1
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