A agência decidiu regulamentar a produção e a comercialização desses produtos e também estabeleceu o modo de usar cada fitoterápico, para o que serve e possíveis efeitos colaterais.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária regulamentou a produção e a venda de medicamentos fitoterápicos. São aqueles feitos à base de plantas.
Chá de quebra-pedra para inflamações urinárias e para evitar a formação de pedra nos rins. O boldo é indicado para o fígado e famoso por curar ressacas. A semente de sucupira funciona como um antiinflamatório que combate reumatismo e artrite. A folha de alcachofra e a semente de girassol reduzem os níveis do mau colesterol no sangue.
“Funciona, nunca tive dúvida”, afirmou um senhor.
São os poderes terapêuticos das plantas que já foram reconhecidos por muitos médicos. Esses medicamentos naturais sempre foram utilizados de acordo com a sabedoria popular. De agora em diante, o consumidor vai receber uma orientação oficial da Agência de Vigilância Sanitária, que decidiu regulamentar a produção e a comercialização desses produtos.
A Anvisa também estabeleceu o modo de usar cada fitoterápico, para o que serve e possíveis efeitos colaterais.
O capim cidreira, por exemplo, é recomendado para cólicas intestinais e uterinas, mas pode aumentar o efeito de medicamentos calmantes.
A arnica é indicada para contusões e hematomas, só que se usada por mais de sete dias pode provocar irritação da pele.
O alho ajuda a combater o colesterol alto e atua também como expectorante, mas deve ser evitado por pessoas com gastrite, pouco açúcar no sangue ou pressão baixa.
A lista da Anvisa levou em conta o que cientificamente já está provado. “Você vai ter todas as informações na embalagem de uma forma clara e precisa. A população vai ter 66 chás a mão para que ela possa usar com conhecimento e responsabilidade”, declarou Sérgio Panizza, presidente do Conselho Brasileiro de Fitoterápicos.
“Muito melhor do que você ficar tomando remédio por conta própria. Geralmente é o que acontece. Antes de você ir no médico, você já compra o produto, porque saiu numa revista, porque viu na internet, porque a amiga falou”, disse a estudante Lucinéia Nascimento.
Fonte: JN